A Quinta dos Lagares é uma propriedade localizada na margem esquerda do rio Pinhão, na freguesia de Vale de Mendiz. Tem 70 ha, dos quais 27 ha são de vinha, 12 ha de olival e o resto de mata onde predominam as espécies mediterrâneas, nomeadamente sobreiros, carrascos e medronheiros.

História

Século XVIII

A qualidade dos vinhos produzidos na terra da Quinta dos Lagares era reconhecida já antes da Demarcação Pombalina de 1758, a qual fez colocar, em local perto da actual casa principal da Quinta, o Marco Pombalino que tem o nº 86 do levantamento feito pelo Museu do Douro.

Século XIX

A casa principal e a capela foram construídas em 1815, data que está gravada na entrada da mina de água que alimentava as casas.

No rés-do-chão da casa principal está a instalação de vinificação composta por cinco lagares e seus acessórios, toda construída em granito. Daí o nome de Quinta dos Lagares.

Século XX

A Quinta dos Lagares foi comprada por Narciso Pedro da Fonseca e Silva em 1920. Nos seus cerca de 60 ha, a Quinta tinha apenas uns 6 milheiros de vinha, algo mais de 4.000 oliveiras e a restante área ocupada por floresta – essencialmente sobreiros, carrascos e pinheiros – e algum mato.

Quando Narciso Pedro faleceu, em 1930, a Quinta, mantinha toda a área de olival e de sobreiral, mas já dispunha de um total de vinhas que ultrapassava os 40 milheiros de pés. Sucedeu-lhe um dos seus filhos, Narciso Lencart da Fonseca e Silva.

Em 1944 foram plantados cerca de 15 milheiros de vides estabelecidos segundo a norma de época, ao compasso de 1,5 m2 e com a mistura das melhores castas de Região. Esta vinha ainda hoje está em produção.

Narciso Lencart da Fonseca e Silva, que era Avô paterno de Pedro B. Lencart, morreu em 1992. Seguiu-se um intervalo de alguma indefinição na gestão da Quinta que só estabilizou em 2000, ano em que se iniciou um novo período de reconversão de vinhas.